Qual o seu número Desde que bati os olhos pela primeira vez nas informações sobre este livro fiquei completamente doida para ler. A proposta dele parecia muito divertida e diferente. Demorei um pouco para tirá-lo da estante, mas enfim pude conferir a trama escrita por Karyn Bosnak. 
Delilah Darling é independente, trabalha, tem sua própria casa e adora namorar. Ela é o que se pode definir com a palavra fácil. Mas isso nem a incomodava, pelo menos não até ler em seu jornal favorito que a média de parceiros das mulheres na faixa de idade dela (ela tem quase 30) é de 10,5 homens e que encontrar o cara certo depois de atingir esse número é praticamente impossível. Depois de fazer as contas, Delilah constata que já dormiu com 19 homens e põe na cabeça que o 20° vai ser O cara. Ela decide não fazer mais sexo, a não ser que seja com o cara certo.
Mas a vida não é assim fácil, né? Delilah e sua melhor amiga Michelle são demitidas da empresa, junto com mais uma galera, tudo bem no dia do noivado de sua irmã mais nova – esbarrando em um clichê de chick lit. Daisy é a queridinha da mãe, vai casar, tem um emprego legal, é a filha perfeita. Delilah não aguenta ficar muito tempo na festa com as cobranças da mãe e a “enxerisse” dos convidados e então se joga em uma festa com seus ex-colegas também demitidos. Após muita bebedeira e uma noite que parece ter sido apagada de sua memória Delilah acorda em uma cama que não é sua. É, ela fez de novo. E o cara é o número 20. O problema é que o cara que divide a cama com ela é seu ex-chefe, a quem ela chama de porco nojento e quem a demitiu. Convicta de sua decisão, Delilah tenta olhar o ex-chefe com outros olhos, tenta fazê-lo se encaixar no papel de marido dela e quase se convence. Até que ele coça a bunda e cheira o dedo depois. Aquilo é o fim!
Desesperada, Delilah vai à igreja e se confessa. A surpresa é enorme quando ela vê que o padre é um dos caras com quem ela dormiu. Com os conselhos de Daniel, Delilah deve fazer uma lista com os homens de sua vida e refletir o motivo de aqueles relacionamentos não terem dado certo. Mas Delilah é doida, não poderia ser só isso. Ela decide ir atrás de todos os seus ex, afinal algum deles pode ser o cara certo agora. Eles devem ter amadurecido e melhorado, é isso. Ela vai catar um por um e assim não precisa aumentar seu número. Mas precisa de ajuda para localizá-los e para isso aparece Colin, seu vizinho que é lindo de morrer, de descendência  irlandesa, que tem como profissão a atuação, mas como bico a atividade de detetive, que aprendeu com o pai que é policial.
Munida dos primeiros dados, Delilah segue em busca do cara certo e o dinheiro da demissão que financiará a viagem. Loucura total.
É dificil saber o que faz duas pessoas se sentirem como uma só. Provavelmente porque deve ser impossível descrever isso com palavras. É algo que precisa ser sentido. Página 339
Eu esperava me divertir muito com o livro e me diverti, não gargalhei nem nada, mas passei ótimos momentos rindo da cara da Delilah, porque a pessoa tem que ser um pouco afetada para fazer tudo o que ela fez. Sério! Primeiro que eu jamais deixaria um número colocado em uma matéria definir o que é certo ou errado com relação a minha vida íntima. Fala sério, isso soa até machista. Desde quando, na época moderna que vivemos, um número é certo ou não. Mas é claro que eu entendo que é ficção, que se não fosse assim não teria o livro. O que não quer dizer que concordo.
Segundo, eu amei a cachorrinha que Delilah comprou! Óbvio. Terceiro, quem em sã consciência se interna em uma clínica de reabilitação só para falar com um ex que está lá? Bom, acho que já deixei claro que Delilah é completamente insana, né? E não posso deixar de comentar que na cena do velório eu senti muita vergonha alheia. O livro tem uma série de cenas assim, o que faz dele tão divertido.
Adorei como a relação entre Delilah e Colin vai se tornando sólida enquanto eles conversam durante a viagem. Não é uma coisa de um dia para o outro, entendem? Ele é fofo e atura a mãe dela, que é outra doida varrida, acho que é daí que vem a maluquice da protagonista, que vai amadurecendo com o decorrer da trama. Colin é tudo de bom, fofo, sensível, preocupado, praticamente perfeito!!!
Quando você está em um relacionamento o que conta é a essência da pessoa e não os detalhes da embalagem. Página 333
O livro físico está muito bem feito. Achei incrível as listas e os demais conteúdos visuais, o trabalho ficou muito bom. Também me diverti bastante com os rodapés, que são constantes e algo que a protagonista cita que gosta muito.
páginas
O que não gostei muito foi da capa, que é a do filme. No livro, Delilah se descreve com cabelos castanhos e um pouco cheinha, o que é bem ao contrário do que aparece na capa. Não teve jeito, o livro todo eu vi Delilah como Anna Faris. No entanto, a parte boa é que vi sempre Colin como Chris Evans.
Ah, já assisti ao filme, fiquei doida para fazê-lo depois que terminei de ler e fui a primeira a locar quando chegou na minha locadora, então na próxima quarta eu escrevo sobre ele.
Beijos e uma excelente quinta-feira!