capaemaltacasaglasssemlogo Através do book tour da Editora Underworld pude ler o livro 1 de Os vampiros de Morganville. Vocês podem pensar: “vampiros ainda? Não tenho mais saco para isso”. Bom, eu também pensei que não poderia ler mais nenhuma história de vampiro que pudesse me interessar, afinal, os coitados já estão saturados, né? Mas eis aqui uma história bem interessante e diferente sobre esses seres soobrenaturais.

Morganville é uma cidadezinha estranha e você percebe isso logo que se depara com ela. A universidade tem uns dormitórios xexelentos e ninguém para por lá, ou some ou se transfere – ou isso é o que eles querem que as pessoas pensem. Claire é uma das calouras da universidade. Ela é um gênio, adora estudar e terminou a escola antes dos alunos de sua idade. Ela também foi aceita nas grandes universidades, as mais cobiçadas dos Estados Unidos, como Yale, Caltech e MIT, mas seus pais não puderam ser convencidos de deixá-la estudar nesses lugares, tão longe de casa, não enquanto ela tinha apenas 16 anos. A faculdade mais perto da casa dos pais era a de Morganville, então para não ficar parada, foi para lá que ela foi.

Logo de cara, a garota já ganhou a antipatia de Mônica e suas moniquetes, foi alvo fácil de suas armações e apanhou bastante. Claire foi jogada da escada e mesmo machucada recebeu outra ameaça, à noite ela teria o que merecia. Apavorada, Claire não voltou para o seu quarto e começou a procurar outro lugar para morar, seus pais não poderia saber ou surtariam. Foi então que ela encontrou a Casa Glass.

Localizada em uma parte ainda mais estranha da cidade, onde as pessoas andavam com pressa e olhando para o chão, Claire encontrou a casa: Rua West Lot, n° 716. O vento levou encontra a Família Adams. Ela entra em pânico porque não sabe como fazer para tentar alugar um quarto, não sabe o que foi fazer ali, o que fará de sua vida e seus machucados doíam muito. Aí Eve a encontra na frente da casa, a leva para dentro e diz que por ela Claire pode ficar, mas quem decide é Michael, o dono na casa.  Quem também vive ali é Shane.

Eve, Michael e Shane são amigos de longa data, dividem as despesas e moram nesse casarão. Eve trabalha em uma cafeteria, foi mandada embora de casa pelos pais e tem um estilo gótico. Ah, e ela acredita em vampiros. Claire a achou doida por isso e se arrependeu um pouco de ter se metido ali. Shane não trabalha, cozinha muito chili – e eu queria provar –, adora jogos e vive matando zumbis pela TV, parece acreditar em vampiros também. Ai meu Deus. E Michael é o adulto da casa – mesmo que todos tenham 18 anos –, ele é o mais responsável, sério e quem decide as coisas ali. Ele até é solidário com Claire e seus hematomas, mas não quer que ela fique, uma garota de 16 anos só vai trazer problemas.

Claire ia ficar apenas por uns dias, mas as coisas complicam. Por ela não ter aparecido no dormitório, a polícia estava atrás dela. Ao contar quem foi a responsável por seus machucados, o trio fica espantado e afirma o que ela já imaginava: Claire estava encrencada. Mônica era importante, tinha regalias e estava do lado dos vampiros. Essa história de novo. Não podia ser tão ruim assim. Mas era.

Mais tarde, Claire descobriu que toda aquela insanidade era verdadeira: Morganville era comandada pelos vampiros. As regras eram feitas por eles, os impostos eram pagos a eles, havia os humanos protegidos – que usavam pulseiras – e os desprotegidos, que tinham grande chance de se tornar refeição. Claire era um deles, assim como o pessoal da Casa Glass. A noite era extremamente perigosa para eles. Em uma de suas saídas, como se chamasse confusão, Claire tem a atenção de um vampiro que não gosta de ser contrariado e a situação só se agrava. Depois de muitas situações perigosas, atentados contra suas vidas e de tentar conseguir um jeito de sair delas, os habitantes da Casa Glass ficam definitivamente contra os vampiros e, infelizmente, não dá mais para voltar atrás.

O livro é bem diferente de tudo que já li com vampiros e a história criada por Rachel Caine é muito boa. Ela fisga você, o inclui na Casa Glass e é completamente fácil se imaginar vivendo com Eve, Michael, Shane e Claire – e piriguetando com os meninos. A casa esconde muitos segredos, Michael vem agindo estranho, Shane tem uma grande ferida no passado e Eve não suporta ter que respeitar os vampiros. Todos têm personalidades fortes e fazem de tudo para proteger os amigos – ou paixões. O fim do livro foi angustiante e é um pouco por isso que estou meio saturada de séries. Fica muita coisa para o livro seguinte, inclusive a definição se um personagem morre ou não e isso não se faz com pobres leitores como nós, é pura maldade.

No geral, o livro mereceu três estrelas e meia, as estrelas que tirei foi por conta do que escrevi acima e porque há muitos, mas muitos mesmo, erros de edição/revisão. Eu ficava agoniada com cada um que encontrava. Uma pena, porque tira um pouco do encanto com a história, que é ótima. A capa não me agradou muito, apesar de passar o ambiente sombrio da cidade, tem uma foto que parece estar em baixa qualidade e, com certeza, não é a Claire que está ali. Pode ser Eve, mas não vejo razão para ela ser a capa.

 Curiosidades

  • Rachel Caine é o pseudônimo de Roxanne Longstreet Conrad.
  • A série Morganville Vampires tem 12 livros! Quase caí para trás quando soube:
    1. Casa Glass
    2. Dead Girl's Dance
    3. Midnight Alley
    4. Feast of Fools
    5. Lord of Misrule
    6. Carpe Corpus
    7. Fade Out
    8. Kiss of Death
    9. Ghost Town
    10. Bite Club
    11. Last Breath
    12. Black Dawn                                                                                                                           Fonte.

 

Então é isso. Beijos e uma ótima terça-feira.