TCD

Não sou fã de Sex and the City, para falar a verdade, nunca vi nem um episódio da série, só os filmes, mas ainda assim alguma coisa me dizia para conferir a nova produção da CW, que mostra a vida de Carrie na adolescência. Baixei e assisti no mesmo dia, fiquei maravilhada com o que vi e empolgada com o potencial da série. Hoje compartilho com vocês as minhas primeiras – e ótimas – impressões sobre The Carrie Diaries.

Primeiro de tudo, a trama se passa em 1984 e você viaja no tempo. Eu não tinha nascido ainda, mas reconheço toda a ambientação feita. O figurino é excelente e a trilha sonora é eletrizante. Você realmente viaja e se sente naquele ano. É tão legal! Carrie é uma fofa, me conquistou de primeira com aquele cabelão e com suas atitudes. Carrie Bradshaw, que tinha uma vida completamente normal até poucos meses atrás, quando sua mãe faleceu. Seu pai, Tom, ficou meio perdido na função de “pãe”, tendo que lidar com duas adolescentes sozinho. Dorrit, a irmã mais nova de Carrie, é rebelde, olhos pretos, roupas escuras e com baseados na gaveta. Não está nem aí para o mundo. Ao contrário de Carrie, que mesmo sentindo profundamente a perda da mãe, tenta seguir em frente, sempre com algo dela consigo.

TCD3 Carrie não é a mais popular da escola, tem amigos bem legais - Mouse, Maggie e Walt - e também a atenção do novo garoto da escola, Sebastian. Um cara com quem ela trocou um beijo no verão passado e que agora atrai a atenção de todas as meninas. Ele é rebelde, rico e despertou o interesse de Donna LaDonna, a garota mais popular da escola. O pai de Carrie anima sua vida com a notícia de que ela conseguiu um estágio, de um dia na semana, em um escritório de advocacia em Nova York, o sonho dela! Não a advocacia, mas Nova York.

TCD5 Lá todo um mundo novo aparece em sua frente e ela fica deslumbrada. Afinal, que menina de 16 anos, moradora do subúrbio, não ficaria? Ela vê roupas de todos os estilos, pessoas – muitas pessoas – e uma loja tão grande que ela seria capaz de se perder. Seu estilo chama a atenção de Larissa, editora de estilo da Interview Magazine. E parece ser bem capaz de levar problemas para Carrie, mas isso só os outros episódios podem dizer. Nesse, ela até que se saiu bem, com algumas taças de champanhe e um atraso para chegar em casa. TCD4 A cena que desenrolou o final do piloto me fez chorar litros, coisa que vocês sabem eu não faço com muita frequência – cof, cof, cof –. Dorrit se rebela e some de casa, o pai fica preocupado e chama a polícia. Carrie e ele ficam acordados a noite toda e pela manhã a garota surge como se não tivesse feito nada de errado e bêbada, ainda por cima. E ela só tem 14 anos. Carrie dá uma dura e recebe a resposta clichê nessas situações: você não é minha mãe. E aí eu desabo a chorar, junto com Carrie: “Eu daria tudo para ter mamãe aqui e não precisar fazer o papel de a mais responsável…”. O pai precisa tomar as rédeas da situação, que era uma das responsabilidades da mãe. Afinal, ele não resistiria aos encantos dos olhinhos no estilo Gato de Botas e era ela quem sempre era a durona. O resultado foi castigo para as duas filhas. Além disso, Tom,  que não deixava ninguém entrar no closet da esposa, decide que é hora de deixá-la partir e de embalar suas coisas, ainda intactas. Uma decisão tão difícil para ele, que chegou a doer em mim.

Agora Carrie tem um novo emprego, uma nova fase em casa e na sua vida, dividida em dois mundos. E ainda precisa conhecer tudo o que puder sobre o homem de sua vida: Manhattan! Seus amigos também estão mudando e Sebastian, esse vai dar dor de cabeça. Mas ela nem se importa. Uma das maiores qualidades desse piloto foi mostrar adolescentes com seus dramas e questionamentos, mas não de forma totalmente imatura. Carrie tem uma cabeça bem madura, assim como suas dúvidas e reflexões. Por exemplo, ela viu Sebastian com Donna e não surtou como qualquer adolescente faria, ela respondeu àquilo de forma tão sensata, que só fez ela e a série ganhar mais pontos comigo.

Carrie Diaries pilot
PHOTO CREDIT:  GIOVANNI RUFINO/Warner Brothers
© 2012 Warner Brothers.  All Rights Reserved.

Mas obviamente que ela apronta também, afinal, éla é uma adolescente. Primeiro, ela desrespeitou todas as regras impostas pela “chefe” dela.  Depois, ajudou Larissa a cometer um furto e ainda trocou o baile da escola por uma ida ao bar com Larissa e seus amigos muito diferentes.

Enfim, chega de falar tanto. Eu adorei o piloto, adorei o elenco, os personagens e a ambientação, as músicas, as referências  e super indico a série. Vale lembrar que a produção é baseada no livro de Candace Bushnell, O diário de Carrie, que eu tenho há anos e me empolguei para ler depois do piloto.

Ah, no Brasil, a série estreia em maio, no canal  Boomerang. E uma curiosidade: Anna Sophia Robb, intérprete de Carrie, foi a menina chatonilda de A fantástica fábrica de chocolates. annasophia-robb-12-660x491

A legenda está cheia de erros – como perdeu a mãe e não a cabeça e Sebastian chama ela de Bradshaw e não paixão, mas o trailer é bem completo.

Beijocas e um ótimo início de semana.