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Sou dessas que quando ouve ou lê muito – especialmente coisas boas – sobre algo, quer conferir. Desde que li sobre as pessoas animadas com Divergente passei a me interessar por ele. Ganhei de Natal e fiquei empolgada, mas ele ficava na estante me olhando e eu desviava, não sei se tinha medo de me decepcionar ou de que ele enganchasse na minha atual crise de leitura. Mas chegou a hora dele, a Lu o escolheu para ser minha leitura de fevereiro no Gêmeas Book Club e graças aos deuses livrísticos, eu amei!

O livro é uma distopia, gênero que está com tudo atualmente. Com a aproximação da adaptação para os cinemas, creio que muita gente já saiba do gancho inicial do enredo: em uma Chicago futurista, onde as pessoas estão divididas em cinco facções com base em suas personalidades, uma adolescente descobre ser diferente, uma divergente, e isso a põe em perigo. Afinal, na sociedade atual, o que é diferente é errado.

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Tris era da Abnegação, mas não se sentia pertencente à facção, já que pensar sempre em ajudar os outros é a característica principal deles. Ela queria mais, admirava o pessoal da Audácia, que saltava dos trens para ir à escola e a cada dia que seu teste de aptidão e sua escolha se aproximavam, ela ficava mais nervosa. O fato é que ela tinha razão, seu teste mostrou anormalidades e sua sorte foi que a pessoa que o aplicou, adulterou o resultado para não colocá-la em perigo imediato. Mas o que fazer depois disso? Tris acabou escolhendo a Audácia, traindo sua família e deixando sua facção de nascimento. O que ela não sabia é que por ser uma divergente, a Audácia era um dos lugares mais perigosos para se estar.

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Após escolher a nova facção, os jovens passam por uma iniciação e na Audácia nem todos conseguem continuar. Os que não passam, viram sem-facção (que seriam como mendigos, sem casa ou uma profissão, sem conseguir sustentar a si). Uma guerra se inicia em busca das primeiras colocações e mesmo apanhando muito (muitas vezes literalmente), Tris consegue se destacar, o que não é necessariamente uma coisa boa para ela. Quatro, seu instrutor, parece frio e duro demais, mas ele a entende e dada a beleza do rapaz, é óbvio que Tris dá umas tremidinhas quando ele se aproxima. Além da batalha em sua nova casa e lidar com a escolha que fez, Tris se vê em meio a uma guerra, lutando não apenas pela sua vida, mas pela de grande parte das pessoas de outras facções e, principalmente, dos outros divergentes.

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Mais de uma vez tentei expressar o que senti com a leitura do livro e nada parecia certo, coerente, sei lá. Então, saibam que esta não é a primeira vez que inicio esse texto. Eu e Divergente foi paixão a primeira lida. Gostei do enredo, de como foi criado e trabalhado. Essa forma nova de viver, com cada um tendo que ser igual a todos da facção em que vivem é estranho e curioso ao mesmo tempo, queria saber mais. Do mesmo modo que queria saber como a Tris se viraria em uma facção completamente diferente da qual estava acostumada. Gostei de ficar apreensiva com tudo de novo que ela estava passando e não pude deixar de pensar que se fosse comigo, já seria sem-facção faz tempo. Tris é forte e com certeza corajosa, mas para aguentar tudo que ela passou, principalmente na iniciação, tem que ter algo a mais. Além do Quatro, que só de olhar, motiva.

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Eu ficava agoniada porque sabia que o fato de Tris ser divergente ia aparecer em algum momento e ela deveria ficar em apuros por isso. Isso tudo deixa a leitura mais instigante. O romance que começa primeiro na nossa cabeça, também é delicinha. E é legal não ter tanto enfoque. Ele está ali, nós queremos que ele esteja, mas as questões a volta dos personagens são bem mais importantes. Todas as simulações, todo o poder que está em jogo, toda a mudança que poderia ocorrer me deixava ansiosa. E posso dizer que o primeiro livro me agradou muito. Terminei contente, principalmente por ter o segundo em mãos para começar.

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Adorei Cristina, Will e Al (por algum tempo), odiei com toda a minha força o Peter e queria dar uns socos no Eric. Mas o que eu mais quis foi que a Tris e o Quatro se pegassem logo (tão romântica).

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Toda história precisa de um vilão e o de Divergente é sagaz, tem tudo calculado para que suas intenções sejam alcançadas. Não importa quem precise sair do caminho, nem que custe a vida de uma ou de muitas... Um vilão mordaz e manipulador, que obviamente, precisa ser derrotado. Para saber como, só lendo (ou vendo o filme).

huahauhaha

Por fim, eu gostei muito do livro e fiquei animada em continuar, já sobre o segundo é outra conversa e o terceiro, então, tenho até medo de ler depois das opiniões que andei bisbilhotando.

O filme, baseado na obra de Veronica Roth, estreou no fim de semana nos Estados Unidos e arrebentou a boca do balão, sucesso total!! Em terras brasileiras, a produção só estreia no dia 17 de abril. Pelos trailer e vídeos que pude assistir, parece ter ficado muito bom. Exceto pela exclusão de um personagem que eu gosto muito. Mas cortes são precisos e se a essência for passada, ficarei contente. No começo não tinha gostado muito do ator escolhido para ser o Quatro/Tobias, mas hoje ele me conquistou, que cara charmoso!

Veja o trailer:http://bit.ly/Divergentebr

Cliques

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A última foto mostra o único erro que eu encotrei: coça a nunca, creio que devesse ser nuca.

Até a próxima! Smiley piscando